Final do ano enfrentamos uma fase complicada com o Vinícius, um período muito agressivo com todos de modo geral, em casa, na rua e na escola, até recebi recadinho na agenda por isso, mas o alvo principal era o irmão, em casa, houveram muitas cenas de estarem os dois brincando tranquilamente e o Vini lançar um chute, um soco no irmão, tipo assim do nada! Isso doía (ainda dói) no fundo de minha alma, para tentar resolver sempre rolava uns castigos, cantinho do pensamento e etc, mas o MMA continuava... procês verem como o bicho tava pegando por aqui... Conversei com várias amigas mães e todas diziam, que como tudo na maternidade era só mais uma fase, ouvi muitos: -calma isso é fase, -vai já passar... Enquanto isso eu me perguntava, será que passa mesmo?
Na chegada dessa "nova fase", confesso que fiquei atordoada e algumas vezes perdi a linha, gritei, berrei, apontei o dedo na cara, fui ríspida etc... Confesso meu desastre materno! Ao retornar ao meu verdadeiro EU e exercer encansávelmente o dom da paciência, procurei entender os motivos da agressividade do meu menino, que outrora sempre foi carinhoso, um tanto dengoso, mas sempre carinhoso, me dei conta que devido as dificuldades na fluência da fala do Gabriel, eu e o marido estávamos muito focados nele, não que estívessimos deixado o Vini de lado, mas o foco e atenção estava de fato maior no Gabi, isso estava sendo notório para o Vini, mesmo ele não entendo o porquê... Percebendo isso, comecei a mudar algumas posturas minhas, quem me conhece sabe que sou rígida, as vezes sargentinha e sabendo que preciso melhorar, coloquei meu plano de mudança em prática, o primeiro ponto foi conversar, conversar e quando não restava mais nada a fazer, conversar outra vez, segundo ponto, pedir desculpas de coração, tanto eu quanto ele, não aquelas desculpas esfarrapadas que pedimos apenas para pararem de encher o saco, ensinei ele pedir desculpa de verdade, com beijo, abraço, carinho, terceiro ponto, envolve-lo com a causa do Gabriel, passei a leva-lo para acompanhar as sessões de fono, e no finalzinho ele entra na sala para "assessorar" a Fonoaudióloga, também comecei a fazer uns programinhas a dois, apesar dele perguntar pelo irmão todo o passeio, gosta muito da atenção "exclusiva", afinal ele é muito dengoso, um bebezão! E para finalizar eu também relaxei, estou sendo menos reativa, guardei meu lado megera no bolso, até porque esse é o lado que menos gosto em mim.
E como estamos agora?
Posso dizer que estamos bem. Estou feliz por manter minha paz de espírito sem gritos. O filho perfeito não floresceu, mas posso assegurar que após atender o chamado do meu menino briguento, a fase agressiva se foi com 2013, Vinícius voltou a ser o meu carinhoso, obviamente os dois ainda se desentendem, disputam e discordam de muita coisa como dois irmãos e sei que isso não poderei mudar tão cedo, mas me empenho noite e dia para que sejam além de irmãos, amigos, companheiros e parceiros em tudo.
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Brincam, brigam e se amam! |
E vocês, como lidam com a fase MMA?
Ju