Houve um período em minha vida que eu realmente
acreditei que precisaria de ajudante a tira colo por onde eu fosse e para todo
o sempre. Evidente que a falta de ajudante nunca impossibilitou de sairmos
de casa só os 4, mas na maioria das vezes era muito cansativo, me acostumei ir
à aniversários e não ficar para o jantar de tão stressada que ficava, os dois
não paravam quietos, não sentavam à mesa, eu raramente conseguia conversar com
amigos, enfim, era muito desgastante para nós. Mas de um tempo pra cá,
tenho percebido evoluções surpreendentes no comportamento dos meninos. A
começar por mim que deixei o comodismo, medo de lado e saí sozinha com eles, contei
aqui. Sair sozinha foi essencial para ajuda-los no processo de bom
comportamento e me ajudou a trabalhar a delimitação de limite.
Em várias ocasiões, o maridin foi ao sítio
sozinho porque eu não tinha estímulo para gerenciar duas crianças inquietas e
curiosas dentro de uma lancha, no meio do Rio Negro. E neste fim de semana,
decidi romper mais uma barreira do comodismo , medo e saímos de lancha
nós 4 sem ajudantes, sem titia e sem vovó. Conversamos desde o caminho de carro,
explicamos o que podiam e o que não podiam fazer no passeio e quais seriam as
consequências em caso de desobediência (voltaríamos pra casa no ato).
E adivinhem?????
Ambos se comportaram muito bem, foram obedientes como nunca foram na vida,
sentaram, brincaram e curtiram passeio de um jeito que eu só esperava que
acontecesse aos 18 anos....Para nooooossssaaaaaaaaaaa alegriiiaaaaaaaaaa....Mamãe e papai ficaram mega orgulhosos e certamente
faremos mais passeios como este, ou até mesmo viajar só os 4, quem sabe?
A lição que fica é: Sim, existe vida social após a chegada de
gêmeos.
Ju
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